Opinión

Semântica de conveniência

[Nemésio Barxa]

Há tempo que as notícias não só nos surpreendem senão que nos indignam. Indigna-nos a realidade dos feitos e também o tratamento ou justificação que se dá tanto a nível político como mediático. Chamar-lhe guerra á massacre de Gaza e invasão ao de Ucrânia é algo tão quase imoral. Na Ucrânia há uma guerra na que tropas do exército russo invadirem território ucraniano às que se opuserem combatentes do exército do país invadido; e temos os exércitos dos dous países (com as conseguintes ajudas) combatendo entre si, empregando similar material de guerra, reclutando combatentes, com reciproco lançamento de foguetes, destruição e morte. 

O de Gaza foi uma invasão militar por parte de Israel perseguindo a um grupo armado, maioritariamente alcumado como terrorista, que cometera um ato terrorista em território israelita como represália a anos de colonialismo brutal do povo judeu sobre o povo palestino. Em Gaza não há exército nem armamento militar, o enclave de Gaza, asfixiado polo povo judeu, fica povoado por uma comunidade civil, ainda que no seu escasso térreo podam ter refúgio combatentes/terroristas de Hamas que para os governantes judeus não seria difícil localizar e abater. Gaza não é uma guerra, Gaza é um genocídio realizado polos israelitas, com a colaboração dos USA e a real indiferença do resto do mundo.

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